Tanto os líquidos quanto os recipientes sólidos que os contém, sofrem uma variação de volume com uma variação de temperatura.
Considere uma certa quantidade de um dado líquido que se encontra dentro de um recipiente. Com o objetivo de estudarmos a dilatação do líquido ao variarmos sua temperatura, levamos o sistema líquido mais recipiente para ser aquecido por uma chama (figura acima). O processo pode ser descrito em partes:
Para calcular a dilatação aparente, basta encher um recipiente até a borda com um dado líquido e depois aquecer o sistema. O volume derramado será na quantidade de líquido que se dilatou, aparentemente. Mas como o recipiente também dilata, possibilitando armazenamento de mais líquido, então, na realidade, o líquido dilatou mais que o volume que foi derramado. Assim, a fórmula para a dilatação de um líquido em um recipiente precisa levar em conta a dilatação do recipiente, logo: $$\Delta V_{líquido} = \Delta V_{aparente} + \Delta V_{frasco},$$ onde \(\Delta V_{líquido} = \) dilatação total do líquido, \(\Delta V_{frasco} = \) dilatação do recipiente e \(\Delta V_{aparente} = \) dilatação que o líquido aparenta ter sofrido (volume derramado).
A água apresenta um comportamento incomum, diferente da maioria das outras substâncias. A água se contrai a medida que se aproxima da temperatura de 4ºC. Ainda na fase líquida, em 4ºC que ela atinge a máxima densidade: \(1,0 g/cm^3\) . Já a maioria das substâncias, costumam apresentar sua máxima densidade na fase sólida. Por este fato que o gelo (fase sólida) flutua na água (fase líquida). Este comportamento da água é essencial à vida marítima de lugares frios. Quando um lago começa a congelar, o gelo flutua, permitindo que a vida marítima continue a existir embaixo da camada de gelo que está na superfície.