Uma experiência realizada por Oersted mostrou que uma corrente elétrica produz efeitos magnéticos. O movimento das cargas elétricas é que dão origem aos campos magnéticos e, consequentemente, a interação magnética.
Para determinar o campo magnético gerado por uma corrente, precisamos estudar a lei de Biot-Savart, que determina o campo magnético \(B\) num ponto \(P\) devido a um elemento de corrente \(\Delta l\) . Sendo \(r\) o módulo do vetor que vai do elemento de corrente até o ponto \(P\) , o campo magnético será dado por:
A lei de Biot-Savart é análoga a lei de Coulomb, usada para calcular o campo elétrico produzido por uma carga pontual. A fonte do campo magnético é uma carga \(q\) com velocidade \(v\) ou um elemento de corrente \(i\) de comprimento \(\Delta l\) , da mesma forma como uma carga estática \(q\) é a fonte do campo elétrico. O campo magnético diminui com o quadrado da distância do elemento de corrente, da mesma forma como o campo elétrico diminui com o quadrado da distância a carga.
Podemos considerar que um condutor é infinito se estivermos interessado numa região que seja muito menor que o comprimento do condutor, por exemplo, alguns centímetros a partir do meio de um fio com alguns metros de comprimento. O campo a uma distância \(d\) de um fio muito longo com corrente \(i\) é: $$B = \frac{\mu_0}{2 \pi} \frac{i}{d}$$ como está ilustrado na figura abaixo.
Uma espira circular tem no seu centro um campo magnético que só depende do raio \(R\) da espira e da corrente \(i\) , que é dado por: $$B = \frac{\mu_0 i}{2 R}$$ A direção de \(\vec{B}\) está ilustrada na figura abaixo.
Para um solenoide infinito, isto é, que o comprimento deste seja muito maior que a região de interesse, temos que o campo dentro deste solenoide depende do número \(N\) de espiras que compõem o solenoide e do comprimento \(L\) , ou seja, da densidade do número de espiras. Este campo é dado por: $$B = \frac{N}{L} \mu_0 i = n \mu_0 i$$ A direção do campo está representada na figura abaixo.